Redação - conhecimentos gerais - tema IV
Prof. Matheus Sales
Oriente Médio: Conflito
Árabe-Israelense
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A origem do conflito no Oriente Médio remonta à
Antiguidade. Entre os povos que habitavam a região, encontravam-se os hebreus
(futuro povo judeu). O Antigo Testamento narra os principais acontecimentos
envolvendo o povo hebreu. Após enfrentamentos militares, os hebreus se fixaram
na região, expulsando outros povos ali instalados. Posteriormente, os hebreus,
divididos em doze tribos, formaram dois reinos: o de Israel, composto por tribos
do norte, e o de Judá, composto por duas tribos do sul.
A posição estratégica da Palestina, como ponto de passagem
de caravanas comerciais que ligavam Ásia, norte da África e Europa, incentivou
a dominação daquela região, por parte de vários impérios da Antiguidade, até se
tornar uma província romana.
Ao Império Romano anexaram-se a Palestina e outras áreas do
Oriente Médio. A resistência judaica às ordens imperiais romanas levou ao
processo de dispersão do povo judeu pelo mundo por meio da Diáspora comandada
pelo general Tito, no ano 70, e reforçada pelo imperador Adriano, em 135.
No século V, a região passou para o Império Bizantino, ou
Império Romano do Oriente. Mais tarde, passou para o Império Árabe (século
VIII), sendo ocupada por árabes islamizados. No século XV, foi a vez de o
Império Otomano – também islâmico – anexar a região. O Império Otomano, existiu
até o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918.
Principais pontos da
história do povo judeu (século XX):
·
Sionismo
·
Judeus estabelecidos na
Palestina
·
Terras Coletivas
(KIBUTZIM)
·
Protetorado
anglo-francês
·
A Segunda Guerra
Mundial
·
Antissemitismo
·
Holocausto
·
A ONU e a criação de
Israel
·
A Primeira Guerra
Árabe-Israelense (1948-1949)
·
A Guerra de Suez (1956)
·
A Guerra dos Seis Dias
(1967)
·
Olimpíadas de Munique
(1972)
·
A Guerra de Yom Kippur
(1973)
·
Os acordos de Camp
David
·
Líbano
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Obstáculos e Problemas
·
Falta de conhecimento
sobre o conflito e suas origens
·
Preconceito
·
Terrorismo
·
Vidas civis (Israel e
Palestina)
·
Mídia parcial
·
Radicalismo religioso
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Texto 1 (Época Negócios, 2017, Karina Campos).
A busca de soluções para a escassez de água em
várias regiões do planeta inclui o aprendizado das antigas culturas à
tecnologia de ponta. Em Israel, um país cujo território é formado em 60% por
áreas desérticas, a água é suficiente para suprir as necessidades da população
e ainda abastecer diariamente os países vizinhos, como Jordânia e Palestina.
E como Israel conseguiu essa façanha? É o que o
advogado, ativista e empreendedor americano Seth M. Seigel conta em seu
livro Faça-se a água. Ele ilustra como o Estado de Israel pode
servir de exemplo para outros países, expondo as metodologias usadas para
chegar à excelência da economia de água.
No seminário “Crise da Água: o que o mundo pode
fazer para evitá-la?”, promovido pela Fundação FHC, Seigel que está no Brasil
para o lançamento do seu livro, falou sobre o crescente desequilíbrio entre a
demanda e a oferta de água no mundo. E também sobre soluções econômicas,
sociais e ambientalmente sustentáveis utilizadas para resolver situações de
estresse hídrico se baseando nas estratégias usadas por Israel para contornar o
problema.
Segundo o ativista americano, a abordagem de Israel
se sustentou em três pilares: educação, tecnologia e política. “Ninguém é
super-herói em Israel, podemos fazer como eles”, disse o americano.
Seigel diz que os israelenses utilizam a água de
maneira consciente. “Foi feito um trabalho de conscientização da população,
ninguém utiliza a água sem pensar nas consequências”, contou.
A água consumida pelo povo israelense vem em sua
grande parte do processo de dessalinização. Apesar de ser uma alternativa de
valor mais alto, o governo fez essa escolha pelo acesso mais próximo ao mar. O
sistema de tratamento deu tão certo que o consumo de água mineral é baixíssimo.
“As pessoas confiam na limpeza da água, por isso tomam água da torneira mesmo”,
explicou.
A relação entre o governo e a água é um ponto
importante na opinião do advogado. “Nos países onde existe boa governança, o
problema da água está praticamente controlado”, afirma. Em 1959, Israel aprovou
a Lei da Água para assegurar o abastecimento da população. Entre outras
questões, o Estado estabeleceu que o dono da terra não é o dono da água, ela
pertence ao governo. A precificação da água e o valor arrecadado são aplicados
na melhoria da infraestrutura hídrica e rede de abastecimento.
A tecnologia tem um papel central nessa jornada.
Segundo o escritor, que foi a Israel para ver de perto o que tem sido
desenvolvido, existem algumas inovações que contribuíram muito para chegar
nesse momento.
Uma delas foi reutilização da água do esgoto para
uso na agricultura. “Quando a infraestrutura hídrica foi desenvolvida, apesar
de a água reutilizada ser própria para o consumo, a população não queria beber,
então a opção foi utilizar na agricultura”, explicou o advogado. Falando sobre
o Brasil, ele apontou que a falta de saneamento básico é um dos maiores
problemas do país. Segundo ele, cerca 40% dos resíduos não são tratados e cerca
de 10% nem sequer são coletados.
O sistema de irrigação por gotejamento é outra
inovação importante. A agricultura é uma das atividades que mais consome água e
encontrar uma maneira que permita ao agricultor irrigar sua plantação e
distribuir os elementos nutritivos de uma maneira uniforme e eficiente, foi
revolucionário.
Em sua palestra, Seth M. Seigel disse que mesmo em
áreas mais desenvolvidas do país, como São Paulo, ainda há muito a fazer. “A
Sabesp é uma das maiores companhias do setor [responsável pela concessão dos
serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo] e poderia fazer
um trabalho muito melhor, apesar de ser notável o que eles fazem”, apontou.
Comparando a utilização de recursos nos dois países,
Seigel citou a utilização de algoritmos para conter vazamentos. “Em São Paulo,
um terço da água tratada é utilizada”, disse. Segundo ele, em Israel a água é
monitorada e a tecnologia contribui para descobrir onde está o vazamento”.
(...)
Texto 2
(Jornal Correio do Povo, 5 de maio de 2019, autor
não identificado).
Uma
série de ataques contra Israel e bombardeios de represália contra a Faixa de Gaza,
sábado e domingo, deixou ao menos 23 mortos entre palestinos e israelenses,
informaram as autoridades. Nos ataques israelenses, em resposta ao disparo de
250 foguetes da Faixa de Gaza contra o território israelense, 19 morreram do
lado árabe neste domingo, entre eles uma mulher grávida e dois bebês, segundo o
ministério da Saúde palestino. Também morreram seis militantes do Hamas,
movimento islamita palestino que controla a Faixa de Gaza. Já a Polícia e os meios
de comunicação do Estado hebraico reportaram quatro mortos em seu território
por causa dos bombardeios.
Os
alvos da represália de Israel incluíram o quartel-general das forças de
segurança do enclave palestino, indicou um comunicado do ministério do Interior
de Israel. O edifício, que fica na Cidade de Gaza, foi destruído, acrescentou o
texto. Esta explosão ocorreu quando o Hamas reivindica concessões de Israel no
âmbito de um frágil cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, determinou a continuidade dos "ataques maciços" contra os
alvos do Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza. "Dei a instrução ao Exército de
continuar com seus ataques maciços contra elementos terroristas da Faixa de
Gaza, e ordenei reforçar as tropas mobilizadas ao redor, com tanques,
artilharia e tropas", enfatizou.
Os
250 foguetes palestinos do sábado constituíram a maior salva disparada contra
Israel em um único dia nos últimos anos. Os palestinos dispararam os projéteis
contra localidades do sul e do centro de Israel. Dezenas foram interceptados
pela defesa antimísseis, afirmaram as Forças Armadas israelenses, e grande
parte caiu em áreas desabitadas, destacou a Polícia. O Exército israelense
disse que seus tanques e aviões atingiram em seu entorno 220 alvos militares em
Gaza. A Turquia, por sua vez, criticou uma "agressividade sem
limites", após o ataque israelense contra um edifício de vários andares em
Gaza que, segundo Ancara, abriga o escritório da agência de notícias turca
Anadolu. Neste contexto, Israel anunciou o fechamento de passagens fronteiriças
de Gaza e a proibição da pesca no litoral do enclave.
Segundo
uma fonte da Jihad Islâmica, o Egito, que atua como intermediário entre o Hamas
e Israel, tenta uma mediação para diminuir a tensão. Em Bruxelas, a União
Europeia pediu o "cessar imediato" dos disparos. O emissário da ONU
encarregado do conflito israelense-palestino, Nickolay Mladenov, exortou a
"todas as partes a acalmar a situação e voltar ao entendimento dos últimos
meses". Os Estados Unidos, por sua vez, disseram apoiar o
"direito" de Israel à "própria defesa".
Israel
e Hamas se enfrentaram em três guerras desde 2008. No fim de março, sob o
comando de Egito e ONU, negociou-se um cessar-fogo, anunciado pelo Hamas, mas
nunca confirmado por Israel. Isto permitiu manter uma relativa tranquilidade
durante as eleições legislativas israelenses de 9 de abril. Mas a situação se
degradou esta semana. Voltaram os disparos de foguetes e balões incendiários
palestinos, assim como as represálias israelenses.
Três
fatores poderiam pressionar Israel a acalmar a situação: as negociações em
curso para formar uma coalizão governamental depois da vitória de Netanyahu nas
eleições, o concurso musical Eurovision previsto para ser realizado em Tel Aviv
em meados de maio, e as comemorações pela criação do Estado de Israel, na
quinta-feira. Desde março de 2018, os palestinos se manifestam na fronteira
entre a Faixa de Gaza e Israel contra o bloqueio ao enclave e pelo retorno dos
refugiados que foram expulsos ou tiveram que abandonar suas terras após a
criação de Israel em 1948. Ao menos 276 palestinos morreram desde o início da
mobilização, nas manifestações ou nos ataques israelenses como represália. Dois
soldados e um civil israelense morreram neste período, devido a estes confrontos
entre Gaza e Israel (...).
Redação
A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Vidas civis atingidas pelo conflito árabe-israelense”, destacando
o papel da mídia internacional em relação ao conflito e suas dimensões.
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