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Mostrando postagens de novembro, 2018

A propaganda política nos muros de Pompeia

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Muro pichado em Pompeia, 79 d.C. - Itália A propaganda é a alma e a lama da política. Sem meios de comunicação outros, o negócio era emporcalhar os muros e paredes, como ainda é feito hoje. Portanto, os grafiteiros ou pichadores sempre existiram, prova disso são algumas inscrições encontradas nos muros que sobraram de Pompeia, cidade que sumiu do Mapa varrida pelo Vesúvio em 79 d.C. Vejamos alguns exemplos, principalmente na área da política (outra hora comentaremos as mais picantes!), pois parece que a cidade passava por um processo eleitoral. Os marqueteiros e cabos eleitorais de hoje não fariam melhor nas redes sociais: Peço-lhe que eleja Marcus Cerrinius Vatia para a vereança. Todos os beberrões noctívagos o apoiam. Flores e Fructus escreveram isto. * Os ladrõezinhos apóiam Vatia para vereador. * Os quitandeiros, todos juntos com Helvius Vestalis, querem a eleição de Marcus Holanius Priscus para duúnviro com poder judicial. * Peço seu voto para eleger Gaius Julius P

Lobão e Roger detonam a cultura oficial, caricata e venal

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Lobão e Roger Em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), Ariano Suassuna (1927-2014) alertava-nos para a existência de dois brasis: o oficial e o real - Um dia - discursou Suassuna - lendo Alfredo Bosi, encontrei uma distinção feita por Machado de Assis e que é indispensável para se entender o processo histórico brasileiro. Ele critica atos do nosso mau Governo e coisas da nossa má Política. Mostra-se ácido e amargo com uns e outras e depois explica: “Não é desprezo pelo que é nosso, não é desdém pelo meu País. O ‘país real’, esse é bom, revela os melhores instintos. Mas o ‘país oficial’, esse é caricato e burlesco". Há de se concordar com o autor do Auto da Compadecida, com a existência desses dois rios paralelos também concorrendo para formar e firmar a Cultura Brasileira. Um deles podre, é verdade, poluído pelo caricato e burlesco da má política, inclusive a política cultural, oficialesca, manipulada pela frescura dos grupelhos autodenominados &

A dúvida de amor do alfaiate Carlos Gomes

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Carlos Gomes Aos deterministas que afirmam ser o meio e as condições de vida fatores condicionantes do destino das pessoas, Antônio Carlos Gomes (1836-1896) é a antítese dessa manca teoria tão cara aos "filósofos" de um livro só. Carlos Gomes, ou simplesmente Nhô Tonico, como ele mesmo gostava de ser chamado e assim assinava, nasceu em Campinas. Criança, perdeu a mãe, assassinada aos 28 anos de idade. Foi criado com os irmãos pelo pai, sempre em grandes dificuldades e, por isso, trabalhou em alfaiataria costurando calças e paletós para "financiar" seus estudos musicais. Antes de alcançar fama mundial, a partir da Itália, como compositor de Ópera, a trajetória de Carlos Gomes passa pela música "popular" para a época. Aos 15 anos de idade compunha valsas, quadrilhas e polcas. Em 1857 compõe a modinha "Suspiro D'alma", com versos de Almeida Garret. Depois da apresentação de algumas de suas obras no Rio de Janeiro e já com fama na corte

Lobo de Mesquita - a música sacra brasileira

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Criminosamente, temos verdadeiros tesouros ocultos da maior parte dos brasileiros. Culpa evidente dessas políticas que praticamente destruíram a cultura nacional e qualquer acesso à cultura de qualidade produzida em outras partes do mundo. Por isso, aos finais de semana, passo a publicar um pouco de música em latim, que traduzirei e comentarei. No caso das composições religiosas, usarei como referência o Missal Cotidiano, dos Beneditinos da Bahia, na edição que  possuo da década de 1930.  Hoje, apresentaremos a oração católica Salve Regina (Salve Rainha). Regência: Rodrigo Toffolo, Orquestra Experimental UFOP/Ouro Preto Coro Madrigale - Maestro Arnon Sávio. Soprano Solo: Doriana Mendes. Gravado em 26 de junho de 2007, na Igreja N.S. da Conceição Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil.  A música é de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805) compositor e professor brasileiro, que tem sua obra, música sacra, ainda sendo pesquisada e reeditada. Do total de sua produção, calcu