O silêncio do Universo - O paradoxo de Fermi - Física



Prof. José Fernando



Ouvi falar do Paradoxo de Fermi ainda na adolescência. Nele explora-se a contradição da existência de tantos mundos neste Universo e, ao mesmo tempo, nenhuma constatação com provas científicas da existência de vida ou inteligência fora de nosso planeta. O físico italiano Enrico Fermi (1901-1954) expôs esse paradoxo junto com outras perguntas até hoje não respondidas sobre o Universo, em conversa com amigos num almoço em 1950. Desde lá, nada foi esclarecido, muito pelo contrário, as dúvidas só se fizeram avolumar com as descobertas posteriores, principalmente com a comprovação recente da existência de outros planetas em sistemas solares distantes.

Estamos sozinhos pode ser uma conclusão lógica, ao se considerar essa falta de evidências de vida fora daqui. Estaríamos, portanto, condenados ao grande silentium universi – sem comunicação alguma com o que quer que seja.

Mas examinemos mais algumas hipóteses, além dessa da solidão universal. Uma delas determina a ação proposital de inteligências extraterrestres em não se comunicar com o homem, por motivos que levantariam dezenas de outras hipóteses. Outra seria que essas extracivilizações não são inteligentes ou não desenvolveram instrumentos capazes de contatos fora de seus mundos - há de ser considerada também as novas teorias do Multiverso.

Essas seriam, de forma ligeira, as principais respostas para o paradoxo proposto por Fermi. Particularmente, não posso crer na primeira, a que nos mostra a existência de um número incontável de estrelas e planetas que reúnem hipoteticamente condições de desenvolver a vida, mas não desenvolvem. Não seria lógico e isso nos daria uma responsabilidade enorme como os únicos seres capazes de questionar até mesmo o próprio Universo. E mais particularmente ainda, aposto na existência de vida fora de nosso planeta, mas acredito que essa vida é tão inteligente que aqui não aparece por ser o homem um caso perdido. Talvez, a falta de comunicação nada mais é do que o resultado de um isolamento proposital num plano colocado adiante por essas criaturas para realmente isolar o homem, como se aqui fosse um planeta reservado para descarte de experiências genéticas nefastas. Seríamos, pois, os indesejáveis — por nosso espírito de ódio, pelos nossos desejos bélico e de destruição — em prisão incomunicável até o nosso desaparecimento total.

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