A farsa do "intelectual" sodomita petista - o caso Arenas


Arenas foi sistematicamente vítima da censura e da repressão do regime cubano, sendo preso e torturado.

Neste país, qualquer imbecil afrescalhado que passe pelas portas dalguma sede de um partido da esquerda caviar, portando algum livro debaixo do braço, recebe o título de "intelectual", mesmo que nunca tenha lido livro algum, nem o que leva como vade mecum molhado no suor do sovaco.

Para esse sujeito, geralmente degenerado e deformado intelectualmente, nos últimos 16 anos, criou-se formas para que ele sobrevivesse das tetas estatais por meio de leis de incentivo à cultura, desde que essa "cultura" refletisse a falta de cultura de outros celerados com pomposos cargos no governo, em especial no Ministério da Cultura e seus puxadinhos nos estados e municípios (além de render gordas propinas para toda cadeia da safadeza!). Na realidade, o PT formou um exército de inúteis sociais que lhe foi muito útil, inclusive no roubo da coisa pública.

Assim, a "cultura dos sodomitas e iletrados" que se travestia de "espírito crítico", ignorou sumariamente os verdadeiros intelectuais perseguidos nos regimes ditos socialistas ou comunistas, como por exemplo em Cuba, espelho dos medíocres que servem à cultura da depravação e do roubo descarado promovido pelo PT e suas sucursais da sacanagem. Ou seja, ao mesmo tempo que esses "intelectuais" se aproveitavam da liberdade existente em nosso país, ignoravam o que se passava no paraíso da família Castro, cárcere e morte para os que ousavam questionar Fidel e seus comparsas.

Para ilustrar o que escrevo, vou citar aqui - poderia citar dezenas - o caso do escritor, poeta e dramaturgo cubano Reinaldo Arenas (1943 - 1990), nascido miserável, homossexual assumido e raramente citado nos ladairos acadêmicos pernósticos dessa "intelectualidade" corrompida, falsificada e forjada nos anos da ilusão petista.

Desde o início dos anos 1960, ao se negar a lamber o saco de Fidel Castro, Arenas foi sistematicamente vítima da censura e da repressão do regime cubano, sendo várias vezes preso e torturado.

Após uma infinidade de tentativas na década de 1970, Arenas mudou de nome e conseguiu deixar a ilha, quando Fidel expulsou todos os homossexuais e personas non gratas ao regime, em 1980. É dessa época seu livro autobiográfico "Antes que anochezca", que acabou recebendo também uma versão cinematográfica, em 2000, com Javier Bardem no papel do intelectual cubano.

Refugiado em Nova Iorque, portador do vírus HIV, Arenas se suicida em 1990, com uma dose excessiva de álcool e drogas. A seguir, um de seus poemas, talvez o mais conhecido, em que ele descreve algumas "imperfeições" de artistas, que não levamos em conta, porque simplesmente são artistas de verdade, sobremodo os homossexuais:

De modo que Cervantes era manco 

De modo que Cervantes era manco; 
sordo, Beethoven; Villon, ladrón; 
Góngora de tan loco andaba en zanco. 
¿Y Proust? Desde luego, maricón. 

Negrero, sí, fue Don Nicolás Tanco, 
y Virginia se suprimió de un zambullón, 
Lautrémont murió aterido en algún banco. 
Ay de mí, también Shakespeare era maricón. 

También Leonardo y Federico García, 
Whitman, Miguel Ángel y Petronio, 
Gide, Genet y Visconti, las fatales. 

Ésta es, señores, la breve biografía 
(¡vaya, olvidé mencionar a san Antonio!) 
de quienes son del arte sólidos puntuales. 

(La Habana, 1971) 

 (Reinaldo Arenas, in "Inferno, poesía completa")



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